quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Evolução e Distribuição das Palmeiras

Evolução Histórica
Desde remotos tempos as grandes civilizações orientais como as do mediterrâneo contavam com as palmeiras como elementos característicos de sua paisagem e habitat, surgindo daí muitas alusões históricas e lendas da presença da palmeira. Entre os assírios, estas plantas constituíam-se no símbolo mais representativo da vida eterna quando a palmeira era plantada junto a um riacho. Os povos da antiguidade encontravam também nestas plantas suas qualidades nutritivas, servindo de base de alimentação para os habitantes do norte da África e sudoeste da Ásia, enquanto que, ainda eram utilizadas como matéria prima para construções. As palmeiras estenderam amplamente do Eufrates até o Nilo, onde foram representadas com freqüência nos monumentos

A tradição de Domingo de Ramos
mostra a presença da palmeira na recepção à
Jesus, como se vê esta tela do Século XVI.
assírios e egípcios. No antigo e novo testamento, referência sobre palmeiras são freqüentes. Os árabes, à medida que estendiam seus domínios territoriais, difundiam o cultivo das palmeiras para proporcionar sombra e produzir alimentos. Expedições botânicas chegaram à América e Oceania, tomando conhecimento de novas plantas, entendendo-as e introduzindo-as na Europa. A boa climatização dessas espécies nas regiões temperadas acabou por generalizar seu emprego nas composições de jardins públicos e privados. O interesse comercial ampliou-se à medida que foram também utilizadas como plantas de vasos no interior das casas, exaltadas pela sua beleza tropical e exótica. Desta forma começaram as produções de palmeiras em viveiros, aumentando consideravelmente o número de espécies cultivadas e distribuídas para todo o resto do mundo, principalmente na condição de sementes.

Distribuição Natural Das Espécies

A grande maioria das espécies habita as zonas úmidas de todo o mundo, sendo raras as de regiões secas e frias. Portanto são plantas de climas tropicais, podendo ser encontradas desde as orlas marítimas até regiões interioranas, inclusive, as de grande altitudes. O número de espécies é considerado flutuante e polêmico, pois as literaturas especializadas estimam quantidades que oscila de 2.500 a 3.500, com aproximadamente 230 gêneros. Porém uma estimativa mais atualizada e precisa aponta para 2.600 espécies dentro de 200 gêneros, considerando ainda que outras espécies estão para serem descobertas e descritas conforme novas regiões sejam exploradas. Calcula-se que a grande maioria das espécies vive nas selvas úmidas, crescendo como planta emergente, onde suas folhas se destacam no estrato superior das matas em meio a outras formas de vegetação, como são os exemplos dos gêneros Borassus e Ceroxylon. Outras, de tamanhos menores, constituem o estrato inferior, adaptadas às condições de sombra proporcionadas por vegetais maiores, como as espécies dos gêneros Chamaedorea, Rhapis e Geonoma. Palmeiras trepadeiras também são comuns nas selvas úmidas, com seus longos ramos que alcançam até os pontos mais altos das matas, exemplo típico do gênero Calamus. Um importante número de espécies habita espaços abertos ou bosques ralos. São plantas, quase sempre, resistentes aos longos períodos de estiagem e até mesmo aos incêndios ocasionais, como é o exemplo da espécie Syagrus glauscenses, palmeira nativa do Brasil. Por outro lado, poucas palmeiras suportam a neve, como ocorre, por exemplo, com algumas espécies do gênero Trachycarpus, naturais de regiões do Himalaia.

A espécie Washingtonia filifera em seu habitat natural na Califórnia
– USA, exibindo folhagem seca persistente chegando a cobrir todo o estipe.

Nenhum comentário:

Postar um comentário